Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
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Os moradores, agricultores e comerciantes da região dos Campos Gerais estão ansiosos pela conclusão das obras de duplicação da rodovia BR 376, em Ponta Grossa, iniciada em janeiro. “A obra veio em boa hora. Quando estiver pronta, ficará mais rápido e seguro trafegar pela Rodovia do Café. Com mais veículos passando pela rodovia, a nossa economia vai crescer ainda mais”, disse o comerciante Liro Serenato, que é dono de um restaurante localizado na beira da rodovia.
A primeira fase da duplicação começou por Ponta Grossa e terá 11 quilômetros (km 465 ao km 476). Ao longo deste trecho será construído uma nova ponte sobre o rio Tibagi. Ainda neste semestre começa a duplicação no trecho entre Apucarana e Califórnia.
Em um prazo de sete anos, todos 231 quilômetros, entre Ponta Grossa e Apucarana, estarão totalmente duplicados. Toda a obra será feita em etapas. Após finalizado e liberado um trecho, já será iniciada a duplicação do trecho seguinte. Os projetos e liberações ambientais também serão feitos ao longo de todo o processo, para agilizar a obra.
Nesta obra serão investidos mais de R$ 1 bilhão, recursos da concessionária Rodonorte, que foram antecipados após negociação com o Governo Paraná. “Está obra iria começar somente em 2015 e foi antecipada para melhorar a infraestrutura do Estado”, disse o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Nelson leal Junior.
SAFRA - Para a agricultora de Cândido de Abreu, Rosana Romanek, e que usa o trecho uma vez por semana, a obra vai melhorar a ultrapassagem de veículos. “Sem a duplicação é difícil a ultrapassagem. Imagina no período da safra, quando tem muitos caminhões na rodovia. A duplicação vai dar mais rapidez ao escoamento do produto”, afirmou Rosana, que produz soja em sua propriedade. Ela disse que a duplicação também vai ajudar o custo e manutenção dos automóveis e, consequentemente, do transporte.
Quem também comemora com o início das obras de duplicação é o produtor Walter de Jesus Portela. Da propriedade de Portela saem todo o ano soja, milho, trigo e feijão, com destino ao Porto de Paranaguá. “Essa duplicação vai facilitar a vida do povo. O fluxo ficará mais rápido e os acidentes vão diminuir também. É um sonho esperado há mais de 20 anos, que agora está sendo realizado”.
DUPLICAÇÃO - A nova pista duplicada terá 7,2 metros de largura, acostamentos e ficará separada da atual pista por um canteiro central, de nove metros. Além disso, serão construídos dois viadutos sobre a rede ferroviária e quatro retornos. Outra obra é a nova ponte sobre o rio Tibagi. O prazo para conclusão desta primeira fase, que tem investimento aproximado de R$ 64 milhões, é de 15 meses.
“É a maior obra dentro do Anel de Integração do Estado. É resultado da negociação que o governo estadual está fazendo com as concessionárias. O resultado é mais de R$ 1,7 bilhão em nove grandes obras ao longos dos 2.500 quilômetros de rodovias concedidas”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Richa Filho explica ainda que a duplicação vai desenvolver toda a região. “Além da segurança e melhor escoamento, a duplicação melhorará a economia da região. A antecipação da obra foi decisiva inclusive para trazer uma grande fábrica para Ponta Grossa, como é o caso da Ambev”, finaliza.
Desde janeiro, a obra teve boa evolução nos serviços, explica o gestor de Engenharia da Rodonorte, Fernando Levy. “Devido ao tempo seco logo no início da obra, avançamos rapidamente com a limpeza da área que receberá a rodovia, em apenas um mês. Temos cerca de 50% da vegetação já extraída e pudemos já iniciar a terraplenagem em alguns pontos. Também foram iniciadas áreas de corte e aterro, em duas frentes”. Segundo a concessionária, ainda nesta semana, serão iniciados os serviços de drenagem profunda.
Fonte: Agência Estadual de NotÃcias
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