Quarta-feira, 06 de abril de 2016
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O Porto de Paranaguá vem ganhando espaço na movimentação de cargas de outros Estados. Principal porto de escoamento de produtos agrícolas e de carne de frango do País, o terminal paranaense vem conquistando cargas principalmente do Centro-Oeste e do Sul do País. Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás aumentaram seus volumes de exportação pelo porto paranaense em até 97% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são de um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A maior alta foi verificada nos embarques de produtos provenientes de Goiás, que somaram 157,5 mil toneladas, 97% mais do que as 79,5 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Em receita, a evolução foi de 8,8%, para US$ 67,3 milhões. Entre os destaques nas exportações estão carne de frango in natura, cereais, couro, carne de peru, soja em grão, máquinas agrícolas e açúcar bruto.
“O Porto de Paranaguá se modernizou nos últimos anos. Hoje não há filas de caminhões na estrada para escoamento de grãos e essa rapidez e produtividade representa, para os exportadores, redução de custos e mais eficiência”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes. Além disso, a logística de transporte, com rodovias e ferrovias mais eficientes, também contribuem para o transporte de mercadorias de outros Estados até Paranaguá.
De acordo com ele, mesmo com a grande oferta de terminais para escoamento da produção no País – como os da região Norte (mais próximos geograficamente) e de Santos – os produtores de grãos do Centro-Oeste vêm optando por Paranaguá.
“O produtor hoje vê o Porto de Paranaguá como uma opção mais eficiente e com menor custo para atender o escoamento da sua produção. Nos últimos cinco anos, realizamos o maior pacote de investimentos em estrutura que os portos do Paraná já viram e agora colhemos o reconhecimento do setor produtivo”, afirma o diretor da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
Ao todo, de acordo com ele, R$ 511,9 milhões já foram investidos em reformas e expansões da infraestrutura, como aquisição de novos shiploaders, reforma do cais e campanhas de dragagem. Outros R$ 428 milhões estão programados para os próximos anos.
SOJA – Maior produtor de soja do País, o Mato Grosso ampliou em 460% seus embarques do produto por Paranaguá. Foram 119,2 mil toneladas de soja em grão no primeiro bimestre, contra 21,3 mil toneladas nos primeiros dois meses de 2015. Ao todo, a movimentação de produtos daquele estado foi 50% maior na mesma base de comparação, com 581,3 mil toneladas. Além da soja em grão, contribuíram para o avanço as exportações de cereais, farelo de soja, carne de frango in natura e madeira.
As exportações de produtos vindos do Mato Grosso do Sul, por sua vez, aumentaram 55,9% no primeiro bimestre, para 753,9 mil toneladas, impulsionadas pelos embarques de cereais, farelo de soja e celulose. A receita de exportações aumentou 4%, para US$ 224,5 milhões.
SANTA CATARINA - Mesmo Santa Catarina, que é conhecido por ser um Estado com eficiência portuária, vem concentrando parte dos seus embarques por Paranaguá. “Trata-se de uma mudança em relação ao que porto paranaense vivenciou alguns anos atrás, quando assistia à migração de cargas paranaenses para São Francisco do Sul. Agora os produtores de lá estão vindo para cá. Isso ocorre principalmente com soja em grão e carne de frango”, lembra Suzuki Júnior, do Ipardes.
Na mesma base de comparação, as exportações catarinenses de soja em grão por Paranaguá cresceram 232%, para 156,8 mil toneladas. Os embarques de carne de frango aumentaram 396%, para 2.194 toneladas.
Os dados do Ipardes mostram que houve, no total, um aumento de 13,9% na quantidade exportada por Santa Catarina pelo terminal, de 152,4 mil para 173,7 mil toneladas. Em receita, no entanto, a alta foi mais expressiva, de 43%, de US$ 50,2 milhões para US$ 71,8 milhões. Outros destaques foram os embarques de couro e óleo de soja bruto.
Fonte: AEN - Agência Estadual de Notícias
Última Atualização do site: 22/11/2024 07:41:57