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Falta de estacionamento

Falta de estacionamento vira problema na praia

Quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


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Como achar vagas ao longo da orla é difícil, muitos motoristas recorrem a estacionamentos irregulares ou a flanelinhas
Estacionar o carro no centro de Curitiba ou de qualquer outra grande cidade não é tarefa fácil. Além do estresse com congestionamentos, roda-se muito para achar uma vaga ou fica-se sujeito a pagar o preço por um espaço em um estacionamento privado. Na temporada, o cenário no Litoral não é diferente.
Quem escolhe ir para a praia de carro ou tem uma casa muito longe do mar para ir a pé enfrenta desafios como a falta de estacionamento regulamentado. O condutor pode encostar o carro em qualquer ponto permitido e deixar lá a semana inteira, se quiser. Em Matinhos, a prefeitura eliminou a faixa de estacionamento, instalando blocos de concreto na Avenida Atlântica, no trecho entre a Rua Alvorada e a Rua Antonina, o que gerou um aumentou na procura por vagas nas ruas paralelas.
Quem preferir pagar para estacionar, provavelmente vai guardar o carro em um estacionamento irregular, sem alvará de funcionamento, que também não contam com seguro para danos causados por acidentes naturais ou mesmo furtos. De acordo com a Associação Comercial de Matinhos, os estacionamentos privados são apenas terrenos grandes, alugados durante a temporada. Em média, são cobrados R$ 3 por hora. Preço que pode chegar R$ 5 nos períodos de mais movimento, como o carnaval. A diária custa R$ 25. E nas semanas de maior movimento, chega a R$ 35.

De acordo com a prefeitura, qualquer atividade comercial em Matinhos que esteja funcionando sem o alvará será notificada pela fiscalização. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 156. Por enquanto, não existe nenhuma denúncia sobre estacionamentos. A prefeitura também informa que existe um estudo para regulamentação das vagas para veículos no município.

Flanelinhas

Os flanelinhas também atuam nas ruas. Sem cobrar preço fixo, eles estão nas orlas de todas as praias e nas ruas de maior movimento. Um flanelinha, que prefere não revelar o nome, diz que no verão vale a pena ir de Curitiba ao Litoral cuidar de carros. Na temporada, ele chega a ganhar R$ 100 por dia guardando carros.

Para o presidente da Associa­­ção Comercial de Matinhos, Adalto Mendes, a Avenida Atlân­­tica divide a opinião dos comerciantes. “Se por um lado ela limitou o número de vagas, por outro ela acabou com aquela bagunça que tinha antigamente de som alto”, explica.

O estudante de Direito Diogo Martins Ribeiro, 27 anos, reclama da falta de estacionamento regulamentado e da atuação dos flanelinhas. “Eu sei que devemos evitar de usar o carro aqui. Mas às vezes você quer comer em outro balneário e não acha vaga. É irritante. Além disso, temos de pagar e não é nem para a prefeitura”, diz.

De acordo com a prefeitura, não existe nenhuma legislação municipal que regularize ou proíba a atividade do flanelinha. Segundo o poder público, os veranistas que se sentirem lesados podem denunciar pelo telefone 156 ou ligar para a Polícia Militar.

As sete cidades do Litoral do Paraná somam cerca de 74 mil veículos, conforme o registro do Detran. Na temporada, segundo estimativas da PM, o número sobe para até 100 mil durante a semana, 120 mil nos finais de semana e até 400 mil nos feriados de ano-novo e carnaval, o que só ajuda a aumentar os problemas.

Fonte: Gzeta do povo

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