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Estiagem afeta abastecimento em várias cidades do Estado

Quarta-feira, 14 de março de 2012


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A falta de chuva e o aumento das temperaturas voltam a afetar o Paraná e a exigir que a população reduza o consumo de água tratada. A estiagem prolongada afeta os mananciais e reduz o volume de água a ser captada nos rios e poços. A Sanepar recomenda que os paranaenses façam uso racional da água, restringindo o consumo para a alimentação e higiene, e adiem atividades como limpeza da casa, lavagem de roupas, calçadas e veículos. Na região de Apucarana, a Sanepar colocou “em estado de alerta” os mananciais que atendem os moradores de Califórnia e Rosário do Ivaí. Em Jardim Alegre, o sistema de abastecimento está em “estado crítico”. Permanecem em “estado de atenção” os mananciais (rios e poços) responsáveis pelo fornecimento de água para Apucarana, Jandaia do Sul, Rio Branco do Ivaí, Marilância do Sul e Mauá da Serra. Com aumento do calor, as pessoas estão consumindo mais água tratada. Esse excesso de consumo provoca deficiência no sistema de distribuição e há dificuldade para atender as partes mais altas de cidades como Apucarana, Califórnia, Faxinal, Grandes Rios e Campineiros do Sul. Esta também é a situação de Arapongas, Primeiro de Maio, Rolândia e Siqueira Campos. Em Assai, falta água para as regiões mais altas, nos horários de pico. Com manobras operacionais, os técnicos tentam, diariamente, minimizar o impacto. Em Santo Antônio da Platina, o nível do Ribeirão das Bicas caiu 2 metros. Nas partes altas e pontas de rede, o desabastecimento é frequente. Quando solicitados, caminhões-pipa atendem escolas, delegacia, casa de detenção e hospitais. Na região de União da Vitória, o consumo aumentou em 7%. Isto significa que cada família está consumindo 25 litros de água a mais por dia. Os sistemas de São João do Triunfo e Mallet são os que mais preocupam. Em Pranchita, no Sudoeste do Estado, onde a demanda está quatro vezes maior, a estiagem e as altas temperaturas deixaram os cerca de 4,2 mil habitantes sem fornecimento na última quinta-feira, sexta e sábado. O abastecimento só está sendo possível porque o sistema é interligado com Santo Antônio, de onde estão sendo enviados 450 mil litros de água por dia. O abastecimento está normalizado desde domingo, mas a população deve continuar em alerta usando água somente para as necessidades básicas para o consumo humano. O município de Flor da Serra do Sul também está em situação de alerta no Sudoeste. O nível do lago que abastece a cidade está muito abaixo do normal. Ainda não há falta de água, mas os moradores precisam economizar agora para não faltar nos próximos dias. Na região de Guarapuava, pode ocorrer falta de água nas torneiras, nos horários de maior consumo, em Cantagalo e Laranjeiras do Sul. Os sete poços que abastecem a região norte da cidade de Cascavel perderam 36% da capacidade de produção de água. A produção normal, que é de 5,6 mil metros cúbicos está em 2 mil metros cúbicos por dia. Para suprir a deficiência, a Sanepar está fazendo manobras no sistema de distribuição. O sistema de Toledo perdeu dois poços, o que representa uma redução de 4,6 mil metros cúbicos diários. Mesmo com a ampliação no horário de funcionamento da estação de tratamento de água, a queda na produção é de 20% e o consumo apresenta acréscimo de 25%. Em Assis Chateaubriand, a situação também é preocupante. O consumo de água tratada cresceu 25%. Em Santa Tereza do Oeste, onde os poços reduziram em 300 metros cúbicos por dia a oferta de água, três caminhões-pipa estão auxiliando no abastecimento. A capacidade de produção caiu 20%. Situação semelhante ocorre em Ibema, onde a capacidade de produção caiu 25%. Já em Campo Bonito, os poços estão produzindo 30% menos e o aumento do consumo é de 25%. Na região dos Campos Gerais, o abastecimento se encontra normalizado, mas nos dias de maior calor e tempo seco o excesso de consumo pode prejudicar as partes mais altas de Palmeira, Prudentópolis e Ponta Grossa. Veja algumas dicas para reduzir o consumo de água: - Reduza a lavagem diária de roupa. Acumule e use a capacidade máxima da máquina de lavar - A água do último enxague do tanque ou da máquina pode servir para regar jardim e grama, ensaboar tapetes, tênis e outras peças. -A água do tanque ou da máquina em que foi lavada a roupa serve para lavar calçadas e pisos. Lembre-se: lavar as calçadas com a mangueira é desperdiçar água tratada. Para “varrer” a sujeira, use a vassoura. -Feche a cuba da pia, deixando um pouco de água. Ensaboe toda a louça e enxague com água limpa. Não deixe a torneira aberta durante todo o tempo. -Lave o carro usando balde: isso economiza até 300 litros de água. -Cinco minutos de chuveiro consomem 70 litros de água. Reduzir o tempo do banho faz muita diferença na conta. -Reduza o tempo da torneira aberta enquanto escova os dentes, ensaboa as mãos ou faz a barba. Torneira aberta manda para o ralo 20 litros de água por minuto. -Prefira vasos sanitários menores, que utilizam menos água para a descarga. -Verifique se há torneiras pingando ou vazamento em vaso sanitário e nas demais instalações da rede interna. - Se observar vazamento de água na rua, avise a Sanepar imediatamente pelo telefone 115.

Fonte: Agencia de notícias do Paraná

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