Sexta-feira, 09 de junho de 2017
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Depois de ver a produção despencar a partir de 2015 por causa da crise econômica e cortar postos de trabalho, o setor paranaense do vestuário começa a dar sinal de retomada. Foi o segundo que mais gerou empregos no Estado, atrás apenas da indústria de bebidas e alimentos, nos primeiros quatro meses do ano. O saldo entre admitidos, de 12 mil e 122, e demitidos, de 9 mil e 930, no primeiro quadrimestre foi de 2 mil e 192 vagas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com a economista do Observatório do Trabalho da Secretaria Estadual de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Suelen Glinski dos Santos, este já é o melhor resultado para o 1º quadrimestre dos últimos três anos.// SONORA SUELEN GLINSKI DOS SANTOS.// No mesmo período do ano passado o saldo era negativo em 6 mil e 585 postos e em 2015 em mil e 452 postos. Apucarana, com saldo de 334 vagas, Cianorte, 193 vagas, e Maringá, 137 vagas, foram as cidades que mais geraram empregos no setor no primeiro quadrimestre. Um dos maiores polos do vestuário do Paraná, a região de Cianorte ampliou em 8% a produção nesse ano. Wilson Becker, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Cianorte, Sinveste, disse que essa é a primeira reação do setor desde 2015.// Atualmente são cerca de 300 empresas de vestuário na região de Cianorte, que empregam cerca de 18 mil pessoas e produzem 2 milhões de peças por mês. Ao contrário de outros polos de produção no País, o setor de vestuário do Paraná depende principalmente do consumo interno e, por isso, foi mais afetado na crise. Mas, segundo Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social, Ipardes, nos últimos meses, o mercado interno ganhou um impulso adicional com o dinheiro movimentado na economia a partir saques das contas inativas do FGTS.// SONORA JULIO SUZUKI JUNIOR.// Considerada a capital nacional da moda bebê, a cidade de Terra Roxa, na região Oeste, também vive um momento de mais otimismo. Um terço da economia do município depende da indústria do vestuário. Depois de uma redução de 40% na produção desde 2015, as fábricas já recuperaram 30%. A secretária executiva do Arranjo Produtivo Local, Adriana Pegoraro, disse que o setor está mais confiante para o segundo semestre deste ano.// SONORA ADRIANA PEGORARO.// A expectativa é de um aumento de 15% a 20% nas vendas neste ano em relação ao ano passado. As cerca de 30 empresas de vestuário da cidade produzem 500 mil peças de moda bebê por mês. Em Maringá, na região Noroeste, os empresários começaram o ano contratando pessoal, na expectativa de um ano melhor para o setor. A retomada dos investimentos, no entanto, deve demorar. As indústrias da região ainda trabalham com um percentual de ociosidade de 25%. São mil e 300 empresas na região em 72 cidades e que geram 18 mil empregos. O Paraná foi o terceiro Estado com maior saldo de empregos formais no setor do vestuário do País no primeiro quadrimestre. Levantamento do Observatório do Trabalho, ligado à Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, o Estado, com saldo de 2 mil e 192 vagas, ficou atrás apenas de Santa Catarina e São Paulo. O Paraná foi responsável por 12% do saldo do País no período.
Fonte: AEN - PR
Última Atualização do site: 22/11/2024 07:41:57