Quarta-feira, 24 de julho de 2013
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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) acaba de concluir o processo licitatório para contratação do projeto executivo para a construção do píer em T, empreendimento que visa implementar o aumento efetivo da capacidade de embarque dos navios graneleiros no Corredor de Exportação. O consórcio Exe Engenharia venceu o processo licitatório e a Appa investirá R$ 4,25 milhões para a contratação do serviço.
O aumento na movimentação de cargas ocorrido nos últimos 20 anos não foi acompanhado pelo aumento da infraestrutura. O resultado disso é que a movimentação de cargas pelo Porto de Paranaguá cresceu quase 300% nos últimos 20 anos – passou de 12 milhões de toneladas em 1990 para 44,5 milhões de toneladas em 2012 – e a infraestrutura do Corredor de Exportação permaneceu a mesma de lá para cá.
“Boa parte do problema que temos com a espera de navios para atracar é por conta disso: precisamos de mais berços de atracação com uma estrutura adequada, moderna e ágil, para dar vazão a estas supersafras que vem se acumulando”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
De acordo com o Estudo de Projeção de Demanda realizado pela Appa e que integra o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO), uma vez atendidas as premissas operacionais com o aumento da infraestrutura, os Portos do Paraná poderão superar a marca de 83 milhões de toneladas movimentadas anualmente em 2030.
Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o governo do estado tem trabalhado para melhorar o atendimento dos produtores rurais no porto. “Nosso planejamento para a Appa é escoar a safra atual e planejar o escoamento das safras recordes do eixo de maior desenvolvimento agrícola do país, que é o nosso”, afirma.
ESTRUTURA – O Terminal de Exportação de Grãos abrange um píer de carregamento, paralelo ao cais acostável existente, com dois berços externos e outros dois berços internos para acostagem e carregamento simultâneos de quatro navios graneleiros, interligado ao cais existente por meio de uma ponte de acesso perpendicular. Um dos novos berços será especializado para receber navios de grande porte, chamados de “cape size” e que embarcam cerca de 110 mil toneladas de grãos. Os demais três berços serão feitos para receber navios “Post Panamax”, que embarcam cerca de 75 mil toneladas de granéis.
A nova estrutura contará com oito carregadores de navios (Shiploaders), sendo seis deles com capacidade nominal de 2.000 toneladas por hora, e dois com capacidade nominal de 3.000 toneladas por hora. Haverá ainda oito conjuntos de correias transportadoras para alimentar os respectivos carregadores, sendo seis de 2.000 t/h e dois de 3.000 t/h (cada).
SERVIÇOS – O prazo de execução dos trabalhos é de 240 dias. A empresa contratada vai realizar os levantamentos de sondagens físicas, da geografia subaquática, e de comportamento dos efeitos das águas e das marés, projetos de fundações, plataforma, áreas de serviços, estruturas eletromecânicas, equipamentos de movimentação de cargas, sistemas de atracação e amarração de navios, e equipamentos de apoio, sistemas de combate a incêndio e galerias de serviços.
Uma vez concluído o projeto, a obra estará pronta para ser licitada. Com a mudança do marco regulatório, a licitação para a construção do terminal ficará sob responsabilidade da Secretaria de Portos (SEP).
Nos próximos dias, a Appa lançará o edital para a contratação do projeto executivo do píer em F, que será implantado na extremidade oeste do cais, para movimentação de granéis sólidos com quatro berços de atracação.
Fonte: Agência de NotÃcias do Estado
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