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Nova divisão de homicídios do Paraná prioriza a proteção à vida

Quinta-feira, 08 de maio de 2014


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O Paraná avança de forma significativa no combate aos crimes contra a vida com o início das atividades, nesta semana, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mais uma ação do Programa Paraná Seguro. Com a criação da nova Divisão, a antiga Delegacia de Homicídios de Curitiba, vinculada à Divisão de Investigações Criminais (DIC), foi extinta e substituída por novas unidades. 

A criação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa muda todo o conceito do combate aos crimes contra a vida no Paraná, conforme explica o secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher. “Estamos indo além, pensando no período antes do delito. Ou seja, não é apenas punir quem praticou o crime, mas a aplicação de um conceito que prioriza proteger o cidadão”, explica ele. 

ESTRUTURAÇÃO - O projeto da DHPP é concretizado agora, mas começou a ser idealizado em 2011. A Divisão vem sendo preparada desde então, com melhoria na estrutura da Polícia Civil, principalmente com novas viaturas, equipamentos e contratação de mais policiais. “O efetivo de policiais da unidade praticamente dobrou, tornando possível atender a uma necessidade, e também, realizar um sonho da Polícia Civil do Paraná, que é dar atenção, em especial, aos crimes contra a vida, que é o nosso bem maior”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Riad Braga Farhat. 

A DHPP tem atuação em Curitiba, podendo, em casos especiais, fazer investigações em outros municípios do Estado. Em paralelo à criação da nova Divisão – e dentro dos moldes de combate aos crimes contra a vida do Programa Paraná Seguro – foram criadas, desde 2011, delegacias especializadas em homicídios nas cidades de Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel. 

A delegada-titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa é Maritza Haisi, que ocupava o mesmo cargo na antiga Delegacia de Homicídios de Curitiba. A nova divisão é composta pela Subdivisão de Homicídios, Subdivisão de Proteção à Pessoa, Subdivisão de Estatística e Inteligência e Subdivisão de Operações. 

NA PRÁTICA - Da Subdivisão de Homicídios, chefiada também por Maritza, fazem parte quatro delegacias de homicídios que atuam em regiões específicas da cidade. “Desde que assumimos a delegacia, em agosto de 2013, já trabalhamos com esta setorização, servindo como laboratório para a criação da DHPP”, conta a delegada. 

A 1ª Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba será comandada pelo delegado Dirceu Schactae. A 2ª DH terá Fábio Amaro como delegado-titular. A 3ªDH será chefiada pelo delegado Danilo Zarlenga e Cristiano Quintas estará à frente da 4.ª DH (confira abaixo a divisão por bairros). 

“Essa metodologia de dividir a cidade em áreas facilita a concentração de informações e a otimização de recursos humanos e operacionais”, destaca a delegada Maritza, lembrando que, além disso, a setorização contribui para a aplicação de polícia comunitária, já que os moradores de cada região vão passar a conhecer mais e, consequentemente, confiar nos policiais da nova Divisão. 

Também faz parte da Subdivisão de Homicídios a Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade, que terá como titular o delegado Hormínio de Paula Lima Neto. 

A Subdivisão de Proteção à Pessoa será chefiada pelo delegado Jaime da Luz. Dela, farão parte a Delegacia de Proteção à Pessoa, comandada pelo próprio Jaime da Luz, e a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Decrisa), encabeçada pela delegada Araci Costa Vargas, que substitui o Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), que era vinculado à Divisão de Polícia Especializada (DPE). “A Delegacia de Proteção à Pessoa ficará responsável por investigar suicídios, abortos, infanticídios e casos de pessoas desaparecidas”, informa a delegada-titular da DHPP. 

Outra atribuição da nova Divisão é promover a política de universalidade dos procedimentos feitos não só pelas suas unidades, mas por toda a estrutura da Polícia Civil do Paraná que investiga assassinatos. “Quem fará esta parte será a Subdivisão de Operações, que fica sob responsabilidade do delegado Cristiano Quintas. Além de se ocupar de toda a parte operacional da DHPP, essa subdivisão ficará encarregada da formação e qualificação continuada dos servidores”, acrescenta Maritza. 

A DHPP terá ainda uma Subdivisão de Estatística e Inteligência para coletar e fornecer dados importantes para o bom desenvolvimento do trabalho das demais áreas. “Com a DHPP, o Paraná ganha em qualidade no trabalho de investigação, pois cada vez mais proporcionará a especialização nesta área, gerando maior celeridade e eficiência”, resumiu a delegada. 

Com a extinção da Delegacia de Homicídios, a Divisão de Investigações Criminais (DIC), voltará a atenção para outras unidades responsáveis por crimes econômicos, crimes na administração pública, crimes cibernéticos e a questão prisional. “Estamos preparando algumas mudanças na unidade. Uma delas será o reforço no combate ao crime organizado”, adianta o delegado-titular da DIC, Luiz Alberto Cartaxo Moura. 

RESULTADOS - Desde o início desta gestão, em 2011, o Governo do Estado investe de forma contínua no combate aos crimes contra a vida, ações que apresentam resultados positivos, como a redução significativa do número de homicídios na Capital nos últimos anos. De 2013 para 2012, o número de homicídios em Curitiba caiu 11,22%. Em 2012 foram 597 casos e, no ano seguinte, foram registrados 530 assassinatos. Em comparação a 2010, quando foram registrados 750 casos de assassinatos, a redução é de 29%. 

Dados mais recentes da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria da Segurança Pública demonstram que, em todo o Paraná, a tendência de redução nos crimes contra a vida permanece. De janeiro a março de 2014 foram poupadas 67 vidas no Estado, uma queda de 8,25% no comparativo de mortes violentas intencionais (745 ocorrências em 2014 e 812 no ano passado). Esta definição, adotada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), inclui registros de homicídios dolosos (com intenção de matar), lesão corporal seguida de morte e roubo com resultado morte (latrocínio). 

Somente nos homicídios dolosos, o primeiro trimestre de 2014 registra queda de 6%, com 42 assassinatos a menos do que no mesmo período de 2013 (705 contra 747). A diminuição nos latrocínios também foi significativa – 53,49%, o que corresponde a 23 casos a menos. Foram apenas 20 ocorrências em 2014. Nas lesões corporais com resultado de morte, a redução foi de 9%, dois casos a menos, passando de 22 no primeiro trimestre de 2013 para 20 no mesmo período deste ano. 

Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr ewww.pr.gov.br

Confira a abrangência de cada delegacia que compõe a DHPP: 

- 1ª Delegacia da DHPP responsável 

Centro, Pilarzinho, Vista Alegre, Bom Retiro, Centro Cívico, São Francisco, Mercês, Bigorrilho, Batel, Alto da Glória, Juvevê, Cabral, Ahú, São Lourenço, Boa Vista, Barreirinha, Santa Cândida, Abranches, Taboão, Cachoeira, Atuba, Tingui, Bacacheri, Bairro Alto, Hugo Lange, Jardim Social, Alto da XV, Lamenha Pequena, São João, Butiatuvinha, Santa Felicidade, Cascatinha, São Braz, Orleans e Riviera. 

- 2ª Delegacia da DHPP responsável por: 

Água Verde, Rebouças, Prado Velho, Parolin, Cristo Rei, Tarumã, Capão da Imbuia, Jardim Botânico, Jardim das Américas, Guabirotuba, Cajuru, Uberaba, Hauer, Boqueirão, Alto Boqueirão. 

- 3ª Delegacia da DHPP responsável por: 

Portão, Guaíra, Lindóia, Fanny, Novo Mundo, Capão Raso, Xaxim, Santo Inácio, Mossunguê, Campo Comprido, Campina do Siqueira, Seminário, Santa Quitéria, Vila Izabel, Cidade Industrial (CIC), Fazendinha, Augusta e São Miguel. 

4ª Delegacia da DHPP responsável por: 

- Pinheirinho, Sítio Cercado, Ganchinho, Tatuquara, Campo de Santana, Umbará e Caximba.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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